
Educação Adventista paga pela sinalização da rua para facilitar tráfego
Pais do Colégio Adventista da Cohab elogiam a iniciativa da escola, que proporciona mais conforto e segurança também para os estudantes.
Após inúmeras solicitações à prefeitura de São Luís buscando resolver o problema do trânsito, principalmente nos períodos de entrada e saída das aulas, a Educação Adventista decidiu custear e realizar a obra de sinalização vertical e horizontal – ou seja, no solo e com a instalação de placas - na rua em frente ao Colégio Adventista da Cohab e no entorno.
O investimento de cerca de R$ 40 mil foi feito pela instituição mantenedora do colégio, a Missão Nordeste Maranhense (MNeM), e beneficia também a comunidade, que sentia o impacto do trânsito em horários de maior movimento na escola.
“Foi uma iniciativa excelente. Isso deveria ser pago pelos nossos impostos, mas não foi. Então entendo que a escola está de parabéns por tomar esta iniciativa, que melhorou muito para a gente”, agradece a Wanderson Amorim, pai de aluno.
A obra aconteceu no dia 01 de março e, dentre outras mudanças, fez com que a rua passasse a ter sentido único, o que traz mais conforto e, especialmente, segurança para os pais e alunos. A iniciativa surpreendeu a todos que, literalmente, foram da confusão à tranquilidade, da noite para o dia.
Antes, sem sinalização alguma, o tráfego era péssimo, especialmente pela manhã e final da tarde, quando a entrada e saída das aulas coincidem com o horário de rush.

Um problema antigo
Todos os dias, ao transportar 34 crianças para as aulas no colégio, o motorista Jahson Wiclef vivia o caos, como ele mesmo chama o momento de estacionar. “Era muito complicado. As pessoas paravam no meio da rua, outros em fila dupla, e isso gerava muito buzinaço, perda de tempo e o pior, muitas discussões”, conta Jahson.
Da sala onde trabalha, a diretora do colégio, Elzimar de Souza Maia, via esses episódios e, às vezes, precisava sair para solucionar impasses entre os pais. “Nos dois últimos anos, por causa da pandemia, o fluxo na rua era menor. Só que, com o início das aulas e a escola em crescimento, somando cerca de 100 novos alunos, a situação estava ficando ainda mais grave”, explica a diretora.
Claudiane Ferreira Cruz tem dois filhos matriculados no colégio e, cansada de perder tempo procurando local para parar o carro, ela passou a estacionar em outras ruas da redondeza e ir a pé para a escola. Essa era também a estratégia da Paula Karoline Menezes de Oliveira. “Faz dois anos que meu filho estuda ali, mas só por esse tempo já percebemos muito stress e chateação e tínhamos que estacionar mais longe”, conta Paula.
Sem nenhuma solução da prefeitura, a alternativa foi solicitar o investimento da mantenedora e realizar o custeio total da estruturação do tráfego local. Com o pagamento da obra sendo executado pela Educação Adventista, o projeto de engenharia de tráfego foi aprovado.

Depois que a obra foi realizada, a prefeitura deslocou agentes de trânsito para orientar e realizar um processo de educação de motoristas e pedestres. “Nos primeiros dias, alguns ainda insistiram em fazer coisas erradas, mas logo tudo foi entrando nos eixos”, recorda Jahson.
Outra iniciativa que trouxe mais conforto para os pais foi divisão dos acessos, agora realizados em três portões, incluindo o portão do novo prédio da Educação Infantil. As crianças pequenas precisam que os pais estacionem e as busquem dentro da escola, por isso, as vagas rotativas de embarque e desembarque estão sinalizadas.

Tanto Claudiane quanto Patrícia, entrevistadas para esta reportagem, elogiam a iniciativa da Educação Adventista em colocar recursos financeiros para solucionar o problema.